crítica e prática de tradução iv
HL870
programa
Sobre a tradução (avaliação).
O texto do conto do Salinger está anexado ao pé do site, em pdf, por cortesia da grande gisele.
O que se espera de cada um de vocês (nessas revisadas diretrizes para a felicidade semestral) é a produção de uma tradução original, feita a partir das discussões em sala de aula.
Lembrando sempre que, por não se tratar de um projeto editorial "real", vocês têm liberdade para tomar decisões quanto a "notas de rodapé", aparatos, grau de inventividade.
Não se faz tradução sem público. Então o que eu sugiro pra vocês é imaginar que se trata de um presente de aniversário para alguém de quem vocês gostam, que gosta muito de literatura mas não tem inglês suficiente pra ler o original. Ou tem, mas você quer dar essa "tua" interpretação como alguém que grava uma versão de uma música preferida, mesmo sabendo que está longe de cantar tão bem quanto o Paul McCartney, mas como oferta pessoal. (A bem da verdade, a minha primeira tradução integral de uma obra foi feita exatamente assim, como presente de aniversário.)
Ou seja,
vocês querem que o melhor do que enxergaram no conto transpareça. E tem como recurso toda a capacidade literária e tradutória de vocês.
A data de entrega (digital, no cwgalindo lá do gmail, em pdf) fica sendo o 18 de outubro.
Como sempre, a maior dificuldade da disciplina é lidar com a discrepância entre os alunos, no que se refere às línguas com que preferencialmente trabalham. Trata-se de uma disciplina que prevê a incorporação de um componente prático, sim, mas que também há de refletir a estrutura do nosso bacharelado, que na verdade tende a impossibilitar o modelo estrito da "oficina" de prática, justamente por causa da variedade de formações que, no fundo, pode também ser usada como forma de deixar as conversas mais divertidas, desde que a gente encontre uma maneira...
Ooooou seja:
Como sempre, vamos adotar o inglês como terra-de-todos e simultânea terra-de-ninguém, procurando justamente esse lugar em que, mesmo que ninguém seja rematado especialista, podemos todos conversar.
Mas, tio, eu não tenho lá esse nível todo de inglês!
Ora, problema nenhum. Veja:
O que a gente vai fazer é uma série de experiências de análise de poesia e de prosa, para fins de tradução. O que eu tendo a chamar de "pré-tradução". É um processo em que a gente senta com o texto (eles só vão ser liberados em sala de aula: não quero ninguém pensando antes!) e esmiuça todos os problemas que teriam que ser resolvidos numa tradução, além de pensar em possíveis soluções. Sendo assim, o nível de inglês de cada um vai sendo na verdade complementado pelo dos outros, num processo em que aprender a detectar os problemas e os pontos sensíveis da tradução literária (e as formas de propor soluções EM PORTUGUÊS) acaba sendo bem mais importante que esse domínio linguístico prévio.
Além disso, a gente acaba também fazendo "crítica", de verdade (ou seja, invertemos a ordem dos termos conforme propostos no título da disciplina) de traduções pré-existentes, nos mesmos termos, com os mesmos recursos..
:)
A gente vai encarar a coisa juntos, palavra por palavra.
textos previamente escolhidos (tudo ainda pode mudar):
Roth
DeLillo
Pynchon
Price
Avaliação
em duas partes.
Metade da nota virá da efetiva participação (aka interesse) nas discussões ao longo do semestre.
A outra metade virá da tradução apresentada para o conto de Salinger.
valeu?